Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. — 1 João 4:8

Ninguém além de Deus poderia ter revelado isso ao mundo, pois todos nós nada vemos além da contradição desse princípio em nossa própria e limitada experiência. De vidas destruídas e alquebradas, de cavernas de desespero onde demônios, em vez de homens, parecem viver, vem a aparente contradição de qualquer afirmação desse tipo.

Mas, ó, que bela a fé semelhante à de Abraão, que ousa depositar o centro de sua vida, confiança, ação e esperança num Deus invisível e aparentemente desconhecido. Essa fé diz: “Deus é amor”, apesar de todas as aparências afirmarem o contrário; ela assevera: “Ainda que Deus me mate, ele é a minha única esperança…” (Jó 13:15). Essa fé é considerada como justiça.

Olhe para trás, reveja a sua própria história que lhe foi revelada pela graça, e verá um fato central ampliando-se: Deus é amor. Apesar da frequência com que a fé em tal notícia esteve obscurecida, independentemente da frequência com que a dor e o sofrimento do momento fizeram você falar descuidadamente, esta afirmação se comprovou mais persistentemente: Deus é amor! No futuro, quando provações e dificuldades esperarem por você, não tenha medo. Seja o que ou em quem você possa perder a fé, não deixe escapar de você a fé neste fato: Deus é amor.

Deus é amor — em Sua própria natureza

Tudo que eu sei a respeito de Deus, aprendi com a Bíblia — e aqueles que me ensinaram obtiveram seus ensinamentos da própria Bíblia. Em todos os meus sonhos e visões vejo Deus, mas é o Deus da Bíblia que vejo, e sinto que Ele está perto de mim. Entre os mistérios da providência, da graça e da criação, sempre contemplo “um rosto semelhante ao meu” e “uma mão semelhante a esta”, e aprendi a amar a Deus, que me deu uma maneira tão segura de conhecê-lo. 

Na Criação. O amor de Deus nos dá um novo método de ver a natureza. Sua voz está no ar em movimento; nós o vemos no Sol nascente. E, nesse conjunto, Ele é justo. No canto dos pássaros, no amor do coração humano, a voz de Deus está presente. Se ao menos conseguíssemos ouvir as estrelas cantando, para captar o glorioso hino de louvor das hostes celestiais!

Em Sua sabedoria. Deus não criou os seres humanos como marionetes para agradar a um desejo despótico dele mesmo. Ele nos criou por Seu amor e bondade transbordantes e nos fez capazes de receber todas as bem-aventuranças que havia ordenado para nós. Ele nos idealizou no enlevo de Seu grande coração. E eis-nos aqui! Fomos criados à imagem de Deus, ignorantes do mal, com grande potencial divino.

Em Seu poder. O mundo inteiro se move para a grande e inescrutável vontade de Deus. A criação animada e a inanimada, os corpos celestes que se movem em suas órbitas, a Terra com todas as suas diversas questões e acompanhamentos — todos são subservientes a esse fim.

Em Sua santidade. Deus andou com o homem e falou com ele. Ele lhe contou os Seus desígnios e lhe mostrou o caminho exato em que o ser humano deve andar para desfrutar da felicidade que Deus destinou ao homem. Regozijou-se na plenitude de Sua natureza sobre o homem como Seu filho, a descendência de Seu amor. Nada deixou sem revelar ao homem. Ele o amou. 

Em Sua justiça. Deus revelou ao homem que o cumprimento das Suas ordenanças sempre significaria eterna felicidade e indizível alegria, vida e conhecimento para sempre. Porém, o não cumprimento significaria a perda da vida com Deus e a morte eterna.

Reflita

Quando você experimentou Deus por meio da natureza? O que ela revela sobre o Seu amor?

Por quais das formas que Deus revela Seu amor (Sua criação, sabedoria, poder, santidade, justiça) você é mais grato agora? Por quê?

Como a justiça de Deus difere da justiça do mundo?

De que maneira as palavras de Chambers quanto à justiça de Deus são consoladoras para aqueles que creem em Jesus, assim como são um forte lembrete para que amemos os outros ao compartilhar o evangelho?