Nossas ações revelam a condição de nosso coração

Será que nosso ímpeto por produzir resultados revela uma crença não declarada de que Deus precisa desesperadamente de nós? Cremos que se não ficarmos maiores e não fizermos mais a cada ano, de alguma forma a obra de Deus ficará arruinada?

Podemos não admitir abertamente, mas isso se evidencia em nossas cartas, nossos apelos por malas-diretas e outros meios de comunicação. O orgulho espiritual pode estar mascarado sob o disfarce de zelo ministerial. Infelizmente, para justificar nossa sede por elogios, podemos ser tentados a fazer exatamente o que o diabo nos seduz a fazer. Podemos usar as Escrituras erradamente para racionalizar nosso comportamento e manipular outras pessoas.

Cada decisão é uma oportunidade de discernir a vontade de Deus

No fim das contas, tudo pertence ao próprio Senhor. Falando em termos práticos, Paulo se refere a isso como orar sem cessar.

Como reagimos quando temos a oportunidade de nos tornarmos famosos? Lançamo-nos à chance de receber glória instantânea para nós mesmos? Ou, numa postura de oração contínua, discernimos e resistimos a essa tentação?

Lembre-se, até mesmo os discípulos de Jesus discutiram a noção de torná-lo rei. Ele teve de lembrar-lhes, repetidamente, de abandonar o pensamento mundano por uma visão de reino que se submete à vontade do Pai. Semelhantemente, Paulo recebeu uma mensagem de Deus instruindo-o sobre onde ministrar e onde não ministrar (Atos 16:7-8). Ele estava numa postura de ouvir e responder em obediência.

Deus está no controle e qualquer outro ponto de vista é resultado do orgulho.

Isso tem a ver com obediência. E é difícil cultivá-la num mundo orientado para a produção onde nos tornamos executivos orgulhosos que pensam que controlam os fins.

Poderia a nossa orgulhosa autopercepção ser o nosso maior fator limitante (Tiago 4:4-10)? Somos nosso pior inimigo? Há profunda liberdade e paz em confiar nosso futuro ao Pai, em vez de tentar controlar nosso destino e vincular o nosso valor pessoal à nossa produção. Isso nos deixa livres para ouvir e ajudar outros a ouvir a Deus e a responder-lhe sem temor, independentemente de como Ele nos orienta. Ao fazê-lo, rejeitamos a tentação de sermos espetaculares; ao contrário, serviremos com paz, paixão e humildade.

Esse artigo foi inspirado no livro A Escolha
Esse artigo foi inspirado no livro A Escolha