Qual é o nosso papel em nossa própria história? Protagonista, coadjuvante ou antagonista? O modo como escolhemos viver indica os personagens e os seus devidos papéis. E já que as pessoas estão vendo a nossa vida e contando a nossa história, a partir de nossas ações e reações, cabe a cada um de nós escolher qual tipo de história desejamos lhes contar.

A julgar pelo fascínio que heróis e mocinhos exercem sobre as pessoas, não é difícil admitir que todos nós, no íntimo, desejamos ser os protagonistas das histórias que conhecemos, pois, apesar das lutas e sofrimentos, nem que seja no final, eles se dão bem. Mas não nos esqueçamos que ser o protagonista da história é assumir responsabilidades e arcar com as consequências das escolhas que fazemos. Isso nos lembra a célebre frase do tio Ben a seu sobrinho Peter Parker, o Homem-Aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Por vezes, desejamos poder, mas nem sempre as responsabilidades.

Diante disso, desafio você a considerar a belíssima história de Ester, uma moça simples, órfã e escrava que se torna rainha. Seu superpoder era a fé no Deus Todo-Poderoso.

Ester poderia ser apenas mais uma moça dentre o povo subjugado pelo Império Persa. Porém, por conta de uma reviravolta na família real, ela teve a chance de mudar de vida e livrar o seu povo. Destacaremos como ela reagiu após ser confrontada por seu primo Mardoqueu: “Não pense que por estar no palácio você escapará quando todos os outros judeus forem mortos. Se ficar calada num momento como este, alívio e livramento virão de outra parte para os judeus, mas você e seus parentes morrerão. Quem sabe não foi justamente para uma ocasião como esta que você chegou à posição de rainha?” (4:13,14 NVT).

Toda boa história tem o antagonista, e a de Ester não é diferente. Hamã, um alto oficial do rei, por ter um ódio mortal de Mardoqueu e de todos os judeus, elaborou um plano para destruí-los (3:8,9). A princípio, Ester mostrou-se indiferente ao saber do plano de Hamã, mas sua responsabilidade falou mais alto, e ela escolheu expor ao rei a artimanha do inimigo, que foi vencido e eliminado.

Essa história vale a pena ser lida e relida, pelos vários aspectos que envolvem o sentido e o propósito da vida. E, aqui, destacamos um: independentemente do lugar que ocupamos, podemos ser protagonistas da história, se assumirmos a responsabilidade desse papel. O protagonista é herói não apenas para si, mas em prol dos outros.

Considerando isso, podemos aplicar esta lição da história de Ester: estamos aqui por um propósito, não para viver “deitados eternamente em berço esplêndido” enquanto a violência, a injustiça e a corrupção crescem assustadoramente. Poderíamos até, como coadjuvantes, questionar: “E agora quem poderá nos defender?”, mas como protagonistas precisamos nos posicionar. Com o caos que presenciamos na política, na educação, na economia, na saúde, na justiça etc, é fácil falar de tudo e de todos, esquecendo-nos da responsabilidade que temos como cidadãos brasileiros. No exercício de nossa cidadania, temos o direito de protestar contra o mal instaurado sobre nós como nação, mas esse mesmo direito nos lembra de que, como cidadãos dos Céus, temos o dever de fazer algo mais: interceder pela nação e seus governantes.

Assim, considerando a etimologia da palavra Protagonismo (Proto = principal, primeiro; agon = luta; agonistes = lutador), concluímos que ser o protagonista é assumir a reponsabilidade por mudanças que afetam a si e o seu entorno de forma positiva a partir das escolhas que se faz. Usemos o poder da fé e o que está em nossas mãos para mudar realidades!

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