Lucas Henrique é engenheiro eletricista no ramo de automação comercial. Se formou na UFPR, onde atuou na liderança e implantação de grupos cristãos, e hoje faz parte da liderança REDE, serve sua igreja local e é parceiro em uma missão com indígenas e ribeirinhos na Amazônia. Desde pequeno aprendeu a amar a Deus e sua obra, ver vidas sendo transformadas pelo poder de Deus é o que o motiva. Lucas ama ter tempo de qualidade com sua família e amigos, conhecer novos lugares, cantar e viver intensamente os sonhos de Deus para sua vida.

  • O que um engenheiro elétrico é/ou pode fazer? 

Na história da engenharia o engenheiro eletricista não era contemplado, a profissão era representada apenas pelo ofício de um engenheiro, anos mais tarde novas especificações foram surgindo.  Muito do que era considerado macro, cada vez mais está se aperfeiçoando e sendo direcionado com mais especificidade dentro da área da engenharia, até chegar como a conhecemos hoje. 

Ao entrar em um curso de engenharia elétrica, é preciso passar pelo  primeiro ciclo do curso,  em que são estudadas matérias mais genéricas que todas as outras engenharias também precisam passar, como aulas de física e de cálculo. Depois pode ser escolhida a área de especialização, dando ênfase de acordo com os gostos específicos e questões de habilidade. 

Hoje na Universidade Federal do Paraná (UFPR) há três bases para a área de especialização. A primeira é a de alta potência, relacionada a alta tensão, como postes e subestações. A segunda é telecomunicações, antigamente era voltada a telefones, mas hoje é relacionada a internet e toda parte que envolve comunicação, como o Wi-fi. Por fim, a  parte da eletrônica, são os equipamentos eletrônicos que não conseguimos viver sem, como TV, celulares e toda área de construção eletrônica. 

A área escolhida por Lucas é voltada para eletrônica, sendo ela uma junção do curso de engenharia eletrônica com engenharia de software, uma especialidade chamada de Sistemas Eletrônicos Embarcados. Apesar do nome, não está relacionada a embarcações ou navios, mas significa que existem sistemas que podem ser ‘embarcados’ dentro de um equipamento. Essa especialização, por exemplo, envolve juntar uma placa com um controle que realiza os comandos. 

O engenheiro eletricista pode fazer muitas coisas, há um mundo de possibilidades dentro das áreas da engenharia. A engenharia elétrica pode estar na medicina, na automação comercial, na comunicação e em vários outros lugares. Não é possível viver em um mundo sem eletricidade, o que garante, além de um emprego, muitos desafios para quem deseja atuar na área. 

Lucas trabalha na área de desenvolvimento e  criação de produtos para a área de automação comercial, que é a criação de dispositivos que organizam os processos comerciais, como caixas de supermercado, identificadores de código de barras, máquinas de emissão de nota fiscal e vários outros.

  • Como identificou que deveria cursar engenharia elétrica? 

Para Lucas foi uma grande dificuldade a escolha do curso. Durante a época de escola não se identificava com nenhuma matéria, apesar de se destacar em todas, o que tornou ainda mais complicado pensar em qual área de graduação escolheria. Deus foi quem trouxe situações para direcioná-lo.  Diferente do esperado, não houve a aparição de um anjo vindo do céu dizendo a Lucas para cursar engenharia. Ele fez uma prova no SENAI em que escolheria um curso de interesse e acabou optando pelo curso de eletrotécnico industrial e assim, ao se envolver com materiais eletrônicos, começou a se encontrar, debaixo do direcionamento de Deus. Ao pensar nas melhorias que poderia trazer para o mundo, se apaixonou pelo assunto e decidiu cursar engenharia elétrica. 

  • Como identificar a beleza de Deus nas ciências exatas? 

 

É possível ver cristãos relevantes nas ciências exatas, pelo menos oito dos cientistas homenageados no Sistema Internacional de Unidades (SI) foram cristãos convictos: Newton, Kelvin, Ampère, Faraday, Henry, Volta, Joule e Pascal. Todos os grandes homens que tanto ouvimos falar na escola, de maneira genérica e desatrelada do contexto cristão que eles viveram. Antes da grande dicotomia entre ciência e fé que vivemos hoje, estes grandes cientistas tinham suas vidas e ligações com Deus, inclusive  muitas das coisas que descobriram tiveram como motivação o fazer algo para Deus, não era um paradigma ser cristão e cientista. Não era um paradigma descobrir coisas sob aquele ponto de vista de que temos um Deus que criou todas as coisas, um Deus engenheiro. 

O caráter de Deus, conforme exposto em Sua Palavra, revela aquilo que está escondido. Grande parte da ciência se resume a isto, revelar e descobrir a criação e cada detalhe daquilo que Deus fez. As discussões dicotômicas provenientes do pensamento de Platônico que rejeita a criação, não vem de encontro às verdadeiras intenções de um Criador que escolheu se revelar através da criação. Deus é, na verdade, o grande criador de toda a ciência.  Quando olhamos para o corpo humano, cada detalhe de funcionamento, cada sistema presente no corpo, quando vemos tamanha complexidade,  podemos enxergar a Glória de Deus. Em toda a tecnologia, sabemos que existe um Deus que criou os átomos, os elétrons e o caminho dos elétrons, a corrente elétrica, algo que eu não vejo, mas está lá, cargas positivas e negativas que interagem entre si. Com isto pensamos: “como não ver beleza nisso? Como não ver que existe algo maior por trás disso tudo ? Como eu vou acreditar que veio do nada, que é obra do acaso quando, na verdade,  é algo tão bem engenhado,  tão bem planejado e tão bem arquitetado?”. Quando olhamos para Gênesis “Deus viu que era bom”, ou seja, tudo aquilo que ele faz, tudo aquilo que Ele criou, é bom e é o que reflete Sua Glória.

Os exemplos de cientistas como Newton, Pascal, Kelvin, Faraday, etc, nos revelam como foi bom para eles entender que existe um Deus e poder descobrir mais deste Deus enquanto estudavam, aprender mais sobre Sua grandeza. Vamos do macro ao micro, vemos a sutileza, os detalhes. Quando pensamos no Universo e no que Deus quis fazer com tudo isso, vemos tudo funcionando e organizado. É impossível não ver beleza nisso. O ponto é, buscar entender, dentro de nossa área de profissão, que a ciência não é algo maligno que nos afasta de Deus, muito pelo contrário, é algo diretamente ligado ao Senhor e que pode nos revelar mais sobre sua beleza e criação. 

  • Como fazer com que sua profissão seja para a Glória de Deus?

Podemos e devemos encarar nossa profissão como uma ferramenta de testemunho. Estamos inseridos na sociedade como cristãos e é através de nossos testemunhos, inclusive em nossos trabalhos e profissões,  que entregamos a Glória para Deus. É a forma em que estamos no meio das pessoas, de interação, de mostrar um caráter diferente, de refletir Jesus através de nossas ações e de nossas atitudes. Sabendo trabalhar de forma honesta, de pensar na sustentabilidade e nas pessoas. 

Lucas vê isso em seu trabalho. Está sempre tentando ajudar e facilitar a vida do operador para que ele faça o seu trabalho de uma forma mais rápida e eficiente, ele está glorificando a Deus ao fazê-lo. Também consegue ver sua profissão na área missional,  uma vez que pode utilizar a engenharia elétrica para melhorar a vida das pessoas. Projetista; executor de obras; geração, transmissão e distribuição de energia; desenvolvimento de equipamentos; automação; robótica; computação; telecomunicação; eletromagnetismo; fontes renováveis; pesquisas científicas; vistorias, laudos e perícias; área administrativa e mercado financeiro.

Na Bíblia lemos outras passagens impressionantes com significado especial para o engenheiro. A história da torre de Babel, por exemplo, nos alerta para o perigo da auto-suficiência e da glorificação do homem de forma geral, mas de modo especial na atividade técnica. Um outro exemplo, a história de Noé, revela como Deus usou um artefato de engenharia (no caso a arca) para avançar seu plano com a humanidade. Os livros de Reis narram episódios que alertam para o perigo da confiança exagerada na técnica em detrimento da fé. Além de mensagens específicas como estas, a Bíblia fornece princípios de liderança e um fundamento consistente para a ética profissional. A profissão do engenheiro possui, pois, sua dimensão especial, à qual o cristão e engenheiro Herbert Hoover, trigésimo primeiro presidente dos EUA, se referiu dizendo que “ao engenheiro cabe a tarefa de vestir os ossos da ciência de vida, conforto e esperança”.2 

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