Em março de 1966, nossa família de cinco pessoas vivia numa modesta casa de concreto em um bairro da Flórida. O Cabo Canaveral estava próximo e era uma comunidade de quartos para funcionários da NASA. Nossos vizinhos eram engenheiros, técnicos e cientistas, com suas réguas de cálculos e telescópios eletrônicos, eles sabiam sobre o espaço de maneiras que minha mãe com apenas o Ensino Médio não poderia jamais saber.  

Naquela noite, no entanto, a criação falou com minha mãe diretamente do cosmos sem filtro tecnológico. Era primavera, e ela passou o dia de joelhos nos canteiros. Ela plantou e enxertou, fez mudas, semeou e regou. Então, com o marido e os filhos dormindo, ela saiu mais uma vez antes de dormir para admirar seu trabalho. Mas em vez de olhar para baixo, ela olhou para cima…  e teve uma visão que fez seu prêmio buganvília (ou primavera) parecer como uma consequência insignificante.    

Eu sei disso porque minha mãe, que não é poeta, correu de volta para dentro naquela noite para escrever um poema a respeito. Décadas depois, ela me deu uma cópia que tinha escrito num pedaço do forro da almofada amarela que ela mantém em sua cozinha. Se você não gosta de poemas que rimam, então este não é para você. Se você deseja saber como é a alegria recém-descoberta no alto, pode ser. Aqui está um trecho:

“Olhei para o céu noturno e perdi a respiração

Como é lindo, meu Deus, as maravilhas de Tuas mãos!

O céu tão escuro, as estrelas tão brilhantes — eles pareciam se aproximar.

Era tão interminável e profundo que senti o medo apunhalar.

Eu me senti tão insignificante, tão humilde e limitada,

Minha alma doía tentando, mas sem compreender nada.

A ciência nos dá razões de peso para as estrelas e a imensidão,

Mas acho que a resposta é simples e melhor é a minha razão!

De fato, é muito simples ver por que as estrelas brilham tanto…

Deus as fez para que Seus filhos apreciassem com encanto!

Imagine isso. Um presente de anos em construção, entregue à porta de uma casa onde os fardos de três crianças, todas alimentadas e vestidas com o salário de um barbeiro, poderiam testar a fé e a paciência de uma dona de casa.

Cerca de 50 anos depois, esta brasa de poeira galáctica ainda brilha. Tornou-se uma memória de fé que entrou no cânone familiar de histórias contadas com frequência. Pois tal é a natureza versátil do deleite: fugaz como uma estrela cadente, mas com uma cauda (de peixe ou cósmica) que pode iluminar uma vida inteira.

Discussão

  1. Você já parou para olhar as estrelas? Lembra-se de um incidente em que a criação o lembrava de Deus? Como se sentiu?
  2. Leia Salmo 19:1-4. De que forma a ordem criada declara a glória de Deus? Como ela proclama a obra de Suas mãos? O que significa que a criação continua a falar no dia a dia (v.2), mas que não há discurso nem suas palavras são ouvidas (v.3)?
  3. É importante que vivamos nossas vidas conscientes da grandeza e majestade do mundo ao nosso redor? É importante que reconheçamos Deus como nosso Criador? Por quê?

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